28 de outubro de 2011

As duas faces.


Umas das coisas mais horríveis o qual posso explicitar, e os quais os homens deveriam classificar como sendo uns de seus piores erros:
É idealizar alguém, e acreditar que ama a pessoa mais que a própria imaginação...
E outra, é se sentir pequena diante de um caminho enorme, procurando a perfeição e, caminhando nossos erros parecerem incrivelmente excruciantes e mesmo assim ter que aprender a conviver com eles mesmo que tenham sido cometidos na ânsia de acertar...

Por Aslien.

8 de outubro de 2011

1, 2, 3... martínis.


Quando olhava pra ela, ainda conseguia captar toda aquela beleza... Depois de cinco anos e, de cinco martínis. Aos olhos dele, ela continuava linda. Ao falar, ao sorrir, ao andar...
O modo como arrumava os cabelos e a maneira de sempre olhar a pessoa a sua frente antes da primeira mordida.
Foi ai que ele lembrou o trágico final de tudo aquilo... Eram sempre pequenas discussões, pequenos carinhos na madrugada. Era ótimo, mas era inverossímil. Não totalmente, era verdade em pequenos detalhes, pequenos detalhes que foram poucos, ou fracos para aguentar o peso todo. Era tão doce e duro ao mesmo tempo. Se déssemos nomes a essas coisas, seria a própria “rapadura.”
Mas falando sério, ele não acreditava, estava tonto podia ser os martínis, mas não era. É que vê-la assim de repente fez com que toda a bagagem, que esteve encostada na parede de seu apartamento alugado todo esse tempo, viesse golpeá-lo com toda força. E quem dera, se essa força toda estivesse se apresentado antes... De outra forma...
Não era certo, parecia irreal. Ele lembra como foi difícil acreditar no que ocorreu, e muito mais acreditar que no que ocorria agora. Desde suas primeiras palavras, um com o outro, ele sentiu algo diferente, algo que não podia ser desperdiçado. E ela estava ali para lhe provar o quanto foi estúpido, ou talvez não?
Pensar que poderia encontrar alguém que lhe fizesse esquecer o quanto ele a queria lhe fazer feliz?
É talvez não... Deu mais um gole em seu martíni, e saiu pela porta deixando pra trás seus rastros, mas não sem antes perceber o olhar dela de encontro com o seu. E andando, o vento frio cortando seu rosto, ele percebeu. Seu sentimento estava certo desde sempre, havia algo e nada foi desperdiçado, estava ali... No dia seguinte, seria confirmado que ele era simplesmente o mais sortudo de todos, pois quem ele amava, decidiu o amar de volta.

Por Aslien.