4 de agosto de 2020

Atenção à valsa!

Atenção! Em como você está dançando a valsa, atenção em como você respira nos momentos de tensão, atenção ao que te deixa com raiva muito mais ao que te deixa feliz. Emoções são importantes termômetros, e também bússolas. 
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Então, eu digo, atenção crianças nas suas crianças! Seja adulto pra assumir como você vem vivendo, mas seja criança pra viver melhor.
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Chega do antigo bem versus mal, pois o sol ilumina tanto quanto faz sombra ✨ Ambos merecem atenção.  Observe como você se comporta, mais do que em seu relógio, porque se você prestar atenção de fato o sol está se pondo e o tempo dos relógios estão contados, mas sua vida ainda será escrita, por você.

26 de abril de 2020

Inesperado

Era um cenário inesperado, estávamos sentados em um pequeno barranco acampado onde lá em baixo acontecia um jogo de futebol X entre os times W e Y. Era dia e o céu azul, porém quase escurecendo. Parecia até que foi por conta desse jogo que tínhamos nos conhecido e não por conta daquela noite barulhenta... 
Como paramos ali eu não sei explicar. Mas estávamos lá. E você assistiu o primeiro gol em meus olhos quando sem querer eles pareceram mais brilhantes. Eu também vi que teve uma falta que merecia cartão vermelho, porque era uma falta que você fazia que até então eu desconhecia.

No segundo gol você lembrou de algo engraçado que fiz não sei quando. E você ria e eu ria junto sem saber o motivo real. E então você disse "isso foi muito bonitinho" e logo imediatamente me deu o abraço. O abraço que parecia ser o primeiro, foi um abraço cheio de algo por dizer e que nunca foi dito. Tava preso ? ....ele dizia: não existe nada melhor do que esse momento com você nesse barranco aleatório, nesse jogo desconhecido debaixo desse sol ameno e vento fresco. E o que eu vi nos seus olhos aquela noite era real, é forte e não consigo mais esconder. Seus beijinhos no meu pescoço assinaram em baixo.

Mas o mais impressionante foi que eu entendi cada palavra do que me dizia. Eu senti pela primeira vez seu abraço e não larguei, eu percebi sua alegria e me alegrei. Eu vi você me amando pela primeira vez e eu pude finalmente me sentir livre pra amar de volta, com todo meu ser.
Apito. Final do primeiro tempo. Acordei.

25 de março de 2020

Domingo de manhã

Incrível é quando a saudade nos acorda domingo de manhã ocasionando na gente o riso fácil por ter alguém pra amar.
Cada vez que o amor que recebemos é igual com o que damos, parece uma xícara de café quente indo de encontro a boca fria. 
Tão bom um abraço no coração quentinho!

Muitas pessoas acham que coração gelado é sinônimo de honra, mas só é herói aquele aberto às coisas do outro; desconhecido e diferente.

Salve todos os apaixonados, que vivem e se impressionam ano após ano e, nunca esquecem do orvalho das manhãs de domingo!

23 de setembro de 2019

Sobre cidades, ventos e aquele clichê todo.

Eu amo ver o vento batendo no rosto dela, eu amo ver aquele sorrisinho torto e discreto no rosto dela quando o vento tá batendo nela. Eu amo quando os cabelos ondulam o ar com caramelo... Sabe quando ela te olha prestando atenção em você? Toda séria e concentrada? Gente, amo. Mas também quando ela de repente da aquela risada rítmica boa de se ouvir e logo depois inclina a cabeça pra trás numa gargalhada maior ainda e volta com um sorriso mais contido, metade tímido metade quente... Quente? É, quente...como quem diz "cadê? Tem mais aí?" 
Eu me sinto a melhor pessoa do mundo só porque faço isso acontecer com ela.
É linda a forma que ela come com fome. É linda a forma como ela tenta entender tudo, sempre tem o outro lado ou os trilhões de lados sobre determinado fato. De tão irritante vira um charme. Aliás, isso é que não falta nela. Charmosa até lendo sem óculos. Até lendo bula de remédio. Isso existe ou eu tô maluca? É possível achar alguém charmoso lendo bula de remédio? Não me importo de estar maluca. É a pura verdade. Quem quiser tente ler meus olhos quando perto dela ou tente me entender, sei que ela tentaria! 
Ela diz que esse é um dos melhores jeitos de cuidar de alguém. E eu concordo. Mas o melhor é saber que ela cuida de mim como eu quero cuidar dela. Não tem sentimento melhor que essa tal de "reciprocidade". Sentimento esse seria o nome da minha cidade, digo, da nossa cidade, minha e dela. Mas quem tem cidade ?? Talvez um barco. Talvez uma gatinha chamada reciprocidade... Não!  Tá, tudo bem não tem como chamar nada com esse nome... Quero dizer deve ter um nome mais apropriado, que vá além, porque o que sinto vai além de qualquer cidade, de qualquer país. Só alguém que tenha o que tenho aqui dentro é capaz de falar tanta besteira e tanta coisa bonita atrás da outra igual tô fazendo agora. Aqui dentro tem um coração. Apaixonado? Talvez. Talvez quase total. Mas é um coração com algo dentro, algo bonito, algum reflexo de luz me atingiu no peito bem na hora que ela apareceu naquela noite sorrindo e achou de bom grado permanecer acomodado aqui comigo. Pra ser sincera, estou bem feliz com ele aqui dentro porque me faz sentir próxima dela e, de um jeito que a física não explica. 
E eu só quero continuar perto assim, por mais pelo menos 100 anos. Depois? Depois a gente vai pra um lugar com muito vento.

20 de junho de 2019

Meu amor.


O clichê romântico a gente sabe, é automático.Tá disseminado.
O que poucos prestam atenção é no cuidado diário ( meu amor)

São poucos que buscam a conexão própria e por isso não entendem a língua do coração.

A única que fala com a verdade e desmascara a superficialidade da vida, 'tão' romântica, da televisão.

O coração tem uma linguagem, meu amor...
Muitos poemas são dedicados à ele.
(Mas) poucos são os leitores (corajosos) de tema "tão complexo".

Quando ele fala, diz
"Chega mais perto, quero te escutar"
Quando cala, diz
"Você não é nada".


24 de julho de 2018

Pirulito, bate, arrasta, arrasa!


Com toda essa confusão eu acabei e esquecendo... Me desculpa! 

Me esqueci de te parabenizar!

Lembra quando a gente se viu pela primeira vez? Você tentava manter o controle da sua voz e dos seus movimentos e, eu pensava que era por conta do nervosismo de me ver. Era uma atriz em início de carreira concentrada no roteiro. E eu, com sérias tendências às dramatizações, entrei num filme sem saber de qual era a procedência e desenrolar da trama.

Os olhares furtivos, o jeito desajeitado foram de oscar e, por isso já esperava pelo beijo cinematográfico.  A ficção imita a vida, não é?
Que engraçado, por alguns instantes assustadores, naquela época, me doeu pensar que tudo poderia ter acabado sem começar. Também me senti entrando num mar, agarrada à uma canoa e, só com meu coração despido e minha imaginação. Já tinha enfrentado outros mares antes, mas igual à esse, nunca. Era assustador não saber para onde ele ia me levar.
Mas eu fui. 

Algumas pessoas têm disso, né? Têm medo de baratas, mas não têm medo de mergulhar com o coração na mão. 
Lembra das coisas que me dizia e escrevia? Com certeza sim!  Acho difícil você lembrar é do motivo; o porquê você me dizia, né?
Tenho que te parabenizar pelas sutilezas com as quais fazia questão de me fazer, como para me lembrar de que você era de fato uma personagem forte e apaixonada. Você doce como um pirulito; eu uma criança fascinada com a possibilidade de sentir as cores por meio do açúcar (artificial).

Mas sabe, tenho que te dizer que percebia alguns momentos de desconcentração. Não foi assim um papel tão impecável como você gostaria. A verdade é que a verdade sempre dá um jeito de aparecer. Eu sabia que estava no roteiro, não sabia qual era o meu papel. Bom, no fim deu pra entender quase tudo. Você queria um roteiro para se agarrar e, fez acreditar que era um romance a sua aventura particular.

Talvez tivesse sido uma boa ideia, só faltou considerar que os demais personagens eram reais, com um coração real.
Sempre achei que amar fosse algo enorme e de difícil compreensão. Poucos sabem se entregar sem medo. Poucos pensam que o amor advém da sinceridade, do cuidado e do enxergar o outro em sua plenitude. Mas você conseguiu algo muito mais difícil; conseguiu encenar o amor da forma mais meticulosa possível; convenceu à todos de que os olhos brilhavam de amor, que suas palavras transpareciam sentimentos sinceros; que as coincidências eram na verdade destino e, portanto, merece meus parabéns  pela frieza e contundência em seu desempenho por tanto tempo.

1 de abril de 2018

Desencontro -Parte II

A pessoa que você deixou não era Ana.

Ana se sentiu triste e deprimida, seu amor foi comprimido. Sentiu culpa por não ter conseguido manter-se inteira. Mas não seria culpa também dos olhares e julgamentos? Uma pena ninguém vê-la. Uma pena Ana não poder mostrar-se luz. Logo ela.

Não fique assim Ana, a alma também precisa se sentir a vontade. Todas as vezes que teve que ouvir as mesmas mensagens...

A alma é humana. As dores e as armaduras também; merece seu perdão. A alma volta sempre pra quem tem amor no coração.

19 de março de 2018

Desencontro

Daí você consegue perceber o ponto que empurrou a si mesma para trás das cortinas. O ponto em que percebeu que não podia ser plena. Uma simples palavra, um simples comentário. Que estrago.
Desde então Ana não foi mais Ana.

Sem perceber Ana ria sem gargalhar, sem perceber Ana falava mas não sem antes medir palavras.
Sem perceber a alma não conseguia mais compartilhar.

E os olhares? Os piores. A alma reprimida de Ana queria fugir. E fugiu. Deixou Ana sem Ana.

13 de janeiro de 2018

Carta ao século XXI

Nesse mundo de opressão eu quero ser balão. 
Contar as coisas da vida sem restrições, sem ouvidos que limitam o meu ato de ser em palavras.
Quero ser tempo. 
Tempo da resposta sincera, tempo do abraço, tempo para digerir tantos estímulos, opiniões, informações. 

Eu não sou o imediato. 
Eu sou o encontro de todo o meu ser. 

Ser encontro é o sol em laranja refletido no mar, luz, plenitude e os pássaros gritando ao longe, como se sempre tivesse uma voizinha dizendo que tem mais pra encontrar, mais pra se encontrar e mais pra ser.

9 de setembro de 2016

O inconsciente

Eu tive um sonho em que saíamos do carro rumo a um lugar desconhecido, você com a cabeça no meu ombro e eu com os braços nos seus. E era tão natural, como se fôssemos um casal e o lugar fosse amor.

4 de setembro de 2016

Presente

(Existem as coisas dos homi
As coisas dos bicho
E as coisas do amor alguém sabe me explicar?)

Foi na hora de se despedir, ele a acompanhava até o carro depois de uma tarde agradável, de repente ficou um silêncio que ele considerou como um ato pacífico. Para descontrair ele brincou com algo que havia dito antes e ela riu. Já estavam na frente do carro ainda sorrindo um para o outro e, como quem não sabe o que faz, as mãos dela procuravam na bolsa a chave. A mente dela devia estar a mil porque a chave estava ao lado da sua carteira à direita.... Na mesma hora ele foi tentar ajudá-la e as mãos se tocaram e automaticamente se distanciaram. Ele olhou pra ela e ela olhou de volta com um sorriso aberto. Tirou da bolsa não as chaves, mas um pequenino presente. Os olhos deles se arregalaram, o coração acelerou, os tímpanos escutavam somente as batidas ritmadas que vinham de dentro... Mais uma vez a mão se aventurou ao contato com a dela para alcançar o pequenino presente e por algum motivo uma força surreal os envolveu naquele momento e, tudo o fazia querer tê-la por perto. Seus olhos brilhavam, seus cabelos dignos de qualquer propaganda de beleza, até o jeito que a luz do sol a envolvia... Mas a melhor parte foi que ele percebeu que ela sentia o mesmo. Estavam conectados. E como se não suportasse andar contra a maré ele lhe beijou os lábios, vermelhos, macios e só quando largou é que se deu conta do que tinha feito, mas ela sorria o melhor sorriso da vida! Movida pela inércia ela entrou no carro e se foi. O menino permaneceu na calçada observando seu próprio íntimo lhe contar como se fosse um segredo: ela estava espantadíssima com a rapidez com que a paixão tinha lhe arrancado do chão.

5 de julho de 2016

Sobre con(tempo)raneidade

Bonito foi ver pela manhã uma flor crescer em meio as pedras. As inconstâncias da vida é que nos guia entre o germinar e o declinar das flores.
E, triste foi ver a noite amontoada de pedras.