Todo dia pela manhã acordava suada, um suor causado pelo esforço que
fazia pra sonhar e, também é claro, devido a frente de calor que se
alastrava naquela época. As noites se resumiam a busca por sonhos doces e
os dias seguiam quentes mas sem o calor, no sentido não usual da
palavra. Vestia-se com uma blusa branca e short azul de seda, mas
encontrava-se despida de acalentos. Sua mais recente saída acarretou-lhe
uma bolha no pé. Por onde andava ultimamente havia muitas pedras; uma
arena de fogo; costumava andar pois tinha ganas de ver uma flor surgir
ou de receber um jato de vento fresco no rosto. Como é bom um vento no
rosto! Sentia saudades do beijo do vento, que na sua cidade era seco
deveras, porém aconchegante. Ao longe, entretanto, só via um
precipício... Até quando? O que fazer quando chegar lá? Pula? Corre?
Foge? Grita? Oh céus! Oh, nosso senhor dos planetas!
Então ela se sentava a mesa para o desjejum. Antes, porém, olhava o jarro de flores a sua frente e depois a janela. Aguardava o cometa que disseram que viria para auxiliar na sua travessia. Depois comia, pois tinha fome.
(Diante de seus gritos responderam: "..etas...etas...").
Insaciável.
Por Aslien.
Então ela se sentava a mesa para o desjejum. Antes, porém, olhava o jarro de flores a sua frente e depois a janela. Aguardava o cometa que disseram que viria para auxiliar na sua travessia. Depois comia, pois tinha fome.
(Diante de seus gritos responderam: "..etas...etas...").
Insaciável.
Por Aslien.