14 de março de 2011

Corpo e coração



Uma mulher tece sua tese em meio a bagunça de seu quarto.
Cientista, ela já viu vírus, átomos e tudo. Autodidata. Tudo que sabe, entendeu por si.
Ela esfrega as mãos no rosto tensa, incomodada.
"Tudo?"
Doenças psicológicas são possíveis, ela sabia e já viu. Talvez se observar direito...
"Certo?"
Predisposições genéticas, pela idade, pelo grau de estresse, por infecções e fatores ambientais.
"Nada!"
A probabilidade de resolução, sabido de todos esses fatores, é exata. Sabe-se como evitar, inevitavelmente sabe consertar isso,
"Certo!?"
E na cadeira, cinza e desgastada pelas noites em claro, que ela passou analisando e se agoniando. Ela joga a cabeça para trás, vencida:
[consciência]... É provável que se você não é louca agora, vá ficar.
Eu venho com recomendações, mas elas se perderam.
"Onde?"
No tempo!
“Por quê?”
Não se sabe...
"Quando?"
...Me apaixonei.



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